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Família Cósmica

Updated: Oct 15, 2021

“Mas que mundo é esse onde vivemos?!?!?!?!...”

Para as antigas gerações, essa era uma pergunta. Para as atuais, uma exclamação de estarrecimento, posto que já não mais reconhecem o mundo onde vivem, ainda desde tempos pré-pandêmicos. Nos esquecemos, entretanto, que somos cocriadores da realidade que, interligada através de nós, cria cotidianos, convivências, enganos, escolhas, erros e acertos.


Inquestionável é o poder do encontro, que se dá em diversos níveis da realidade. A família ocupa um lugar privilegiado para o encontro, paradoxalmente, também, para o desencontro.


Talvez o caminho do reencontro seja o resgate da visão de uma família planetária realmente vívida, vivida e praticada.

E cabe o reconhecimento de que vivemos num mundo completamente novo a cada dia, onde, por um lado, ocorre o extremismo que exclui as minorias, e, por outro, a busca de inclusão através de novas formas de convivências fraternas. A fragmentação e o preconceito são doenças sociais a serem curadas através da autoconsciência e auto-educação. Somos diferentes, sim, mas necessitamos valorizar a diferença e respeitá-la, inclusive a colaboração entre os diferentes, que viabiliza a unidade. Esta é propagada no amor e reconhecimento da diversidade, caminho para a abertura de novas fronteiras para além do limite do Planeta Terra, a família cósmica.


A consciência não é consequência do nosso cérebro, o cérebro é uma consequência física da consciência.


Que está conectada ao todo, abrindo, assim, infinitas possibilidades de autotransformação e transformação do outro, de interação aqui, e para além. Isto solicita atuação e protagonismo, sabendo que não viemos para esta vida a passeio.

Quando nossa consciência chega a um patamar de percepção de que ela não está separada do todo e passa a ser abrir para uma interação que acontece no fluxo de sintonia, com seres de uma realidade multidimensional, que transcende o perímetro da realidade onde nos sentimos ou nos contemos, emerge a exoconsciência, justamente, a abertura para a sabedoria que vem de esferas conscienciais mais amplas.

Esse termo foi cunhado por Juliano Pozati, escritor, espiritualista e fundador do Círculo, que acrescenta:


“o ser humano precisa desenvolver exoconsciência para se colocar no centro do seu filme, da sua narrativa, integrar todas as outras encarnações numa só, um mesmo arquivo que, quando ele busca informação ela vem, um processo, a autobiografia”.


Depurando esse arquivo, temos oportunidade de limpar o nosso cantinho, fazer o papel na nossa condição, que não vai acontecer se vier de fora.

Então, na medida em que sei quem eu sou, ocupo meu lugar na vida e no universo, e sigo meu fluxo como uma espécie de predisposição sincrônica da mente de estabelecer este intercâmbio, de forma produtiva mais uma vez, incansavelmente no caminho do autoconhecimento e da prática do bem, a serviço da transição planetária, que, para muitos, se mostra como um “mundo de cabeça para baixo”.

Entretanto, se eu não sei, nego ou não quero ser quem eu sou, porque o lugar do outro é melhor, a identidade do outro é melhor, eu quero estar ali onde ele está, se faz necessário todo um trabalho de reconhecimento de si, buscando realizar o potencial inato no fluxo e no contexto em que estamos inseridos.


A mediunidade é um dos caminhos para a exoconsciência. Quando a vemos aflorar de fato, e ocupando um papel de protagonismo no tecido social, essa mediunidade produz cocriação e começamos a perceber a interação multidimensional.


Ela não fica restrita a um centro religioso, mas passa a atuar de maneira fundamental em todos os processos que as pessoas vivem em suas vidas, e em todas as suas dimensões. A espiritualidade passa a ser o epicentro aglutinador de todas as ações e esferas da vida da pessoa, seja física, mental, psicológica, emocional, familiar, funcional, profissional, e isso causa espanto. Passamos a uma mediunidade realmente vivencial, a exoconsciência atuando no cotidiano como ferramenta de vida integral, na busca do meu bem e o bem de todos, seja qual for o campo de atuação da pessoa.

Trata-se de confiar. Confiança vem de uma ideia de fiar em conjunto, nesse contexto, com esferas multidimensionais de consciência. Aqui também se trata de experiência, onde vamos aprendendo a confiar, pois a confiança é uma construção do tempo, não é a fé irracional, mas fruto de relacionamento. E é um processo muito interno, de cada um de nós, de se conectar.


E não se trata de religião, mas de religar com a essência da vida que habita em nós, até descobrirmos que nunca estivemos desligados. Somos livres para ser umbandista, católico, evangelho, somos livres para sermos, inclusive, contraditórios.


E, nessa contradição, nos descobrimos inteiros porque temos chance de experimentar ser um pouco de cada coisa. Porque, afinal, é o que somos: nós somos um pouco de cada coisa, nós somos tudo isso. A exoconsciência traz justamente essa abordagem, disto para o além, e depois, e para fora.

Então, dentro da abordagem exoconsciencial, nos percebermos como família cósmica, individualidades pertencentes à família cósmica. Como humanos encarnados, fazemos parte de uma humanidade que, agora, precisa dar este passo evolutivo, esse contato com esferas espirituais mais amplas, em direção a vivermos a Nova Terra, que já se mostra em aspectos que tanto desejamos: ao invés do “mundo maluco, de cabeça para baixo”.


Luzes já estão colocadas em diversos pontos do nosso planeta, iniciativas que atuam na transformação de milhares de pessoas: contribuir para a unidade.


Reverberar como unidade, como unificação, o caminho arquetípico da evolução, que todos sejam um, “como eu e o Pai somos um”. Esse era o maior desejo do Cristo Planetário na sua manifestação histórica com Jesus, o Amor como caminho para a unidade.








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